divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

5.9.08

a partitura manchada de café e passado

é que no peito dos desafinados também bate um coração
:
1.a sensação de uma nota que não completa o verso
a letra, jogada em cima da mesa, inacabada
a partitura manchada de café e passado
arrebentada uma corda do violão
e se você pensar: não tem mais jeito,
improvise-me
desafine-me
ou então, por favor, me devolve meu cd do cartola
2.a musica ainda não parou de tocar no meu ouvido
talvez nunca pare,martela crua e seca aqui
"eu queria te dar um presente,uma coisa que só eu pudesse te dar.uma música,
mas não sou músico, não sei fazer música. roubei uma pra você"
e se essa música já não faz mais eco no teu peito,
desafine-me
não improvise-me
e por favor,me devolve minhas músicas do chico
3.aquelas que um dia foram tuas e minhas
e hoje são tocadas por outro violão
talvez com todas as cordas,e
toda certeza, mais afinado que o meu
e se meus poemas também não te dizem mais respeito,
desafine-se
que eu aqui
impriviso-me
4.ah, pode ficar com o meu cd do zeca baleiro

repete 1 e 2


:

2 comentários:

Super disse...

como um pacote de manteiga fora do gelo à uma da tarde naquele calor do balcão da cozinha
ela derreteu-se
enquanto lia

(mas que ilusao a sua, achar que alguem vai devolver as musicas do cartola e do chico)

Anônimo disse...

que coisa linda

lindo
poeta

eu?

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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