divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

30.9.09

poeta,
me dá poeta
me dá carne
me da a net,o telefone e internet,me dá poeta.
me dá o papel higienico
me da a conta do gas,da luz e o café do guarda,poeta.euq uero

me dá o condominio poeta,
a conta da creche, do leque do beque, que negue,
poeta.
me dá que eu cansei desse sonho barato que você vende a granel
não quero.quero
o feijão
o arroz
a agua e
a farinha,
prefiro.

a parte
o silencio é um suspiro.


me dá poeta,
me dá mais um poquinho de sonho que chorar cansa tanto a vista.




:
de certa forma tudo aconteceu como eu esperava
ou como eu imaginava que ia acontecer,

uma porrada no peito forte,
uma dor de cabeça pra agora.
um mundo inteiro que pesa nas costas de um segundo pro outro.

e foi assim mesmo como eu supunha,

direto
reto
sem pensar
na hora

tudo como eu quis ter escrito com alguns anos de diferença.nos meus escritos me via pai mais velho,uns trinta sei lá.
ou será que uns trinta ja chegou e
ninguém me convidou pra festança
barrado na baile.



a porta bateu
a correia rangeu
a oficina mandou o orçamento
o telefone da ginecologista
a rua siqueira campos


e um outro mundo que a gente mata no peito, desce no gramado
e tenta sair jogando,
as vezes uns bicos pra frente, as vezes sim e porque não uns bons bicos pra frente.
(e salve os bicos)

mas o amor constrói.
ah,constrói eu vi!
a minha unica laranja,
meu maior obrigado.
(`)

sim,temos laranja.laranja pra chuchu
e braços pernas mãos e mais braços,quantos precisarem
e amigos.fieis
obrigado.a eles
saudação e reverência.


e pais.
e mães.
capitulo a parte.

a eles,
obrigado é quase nada,
por tanto.
por tudo:muito,muito
obrigado.





e essa lágrima que arranquei de você agora.de onde veio



:

23.9.09

nada se cria, tudo se transforma.
e ninguém vai citar teu nome nos créditos antes do
the end
seu nome não subirá pequeno na tela,
nem adianta esperar.não adianta procurar,ja acenderam a luz.
the end.





:

17.9.09

é que as prioridades mudam,crescer.








:
é essa vontade contida de gritar sem motivo.
essa mania de querer estar perto de você impune.
e essa coisa apertando o peito agora, angustia,parece.
e tem esse medo do 'está por vir' que franze a testa e sua as mãos.
mas
também tem esse sorriso que silencioso me abranda a alma,
que revigora as vontades,
o desejo de mudar o mundo e
essa vontade de seguir caminhando do seu lado,nem que seja a pé.
pés sujos de barro e vida, eu e você!




:

16.9.09

sente que veio do nada, no escuro e acertou sua cabeça com toda força.não viu muito bem o que era.sentiu o golpe.levantou de alma leve e voltou a ficar de pé. então que venha essa brandura pra alma e correria pras pernas. vamu nessa!


e que Deus nos ajude



:
.
por dentro, o tamanho da dor
embora não mensurável.

por dentro, um mundo e mais
outros de interrogações.

por dentro todo resto,
da estrada sinuosa.

por dentro, o amor
que brota num sorriso que a
gente imagina, num telefonema qualquer,
que há de nascer



:

11.9.09

acordou meio sonolento,
lançou o braço a procura do corpo dela,
não achou.
ela foi embora, foi comprar cigarro e não volta mais,por um segundo pensou.
ouviu um barulho na cozinha, um copo encontrando o chão.
se tranquilizou, ela preparava o café.





:

7.9.09

a mãe sempre soube



a menina roçou uma perna na outra deixando a mostra uma parte da calcinha. a pequena saia escolar ficava pouca coisa acima da cintura.ela mascava chiclete e olhava de rabo de olho o velho escritor.ele estava sentado escrevendo numa olivetti velha. a menina propositalmente abriu mais as pernas e maliciosamente desabotoou três botões da camisa. o homem viu aquilo e um misto de sentimentos o segurou pelas pernas. o homem levantou, ficou na porta do escritório olhando o espetáculo que se desenhava. caminhou até o corredor que ligava ao outro quarto,em direção a menina. da porta do quarto dela, ele olhava sem saber o que sentia.
decidiu fechar a porta do quarto. ligou pra mãe dela, e se despediu sem dizer o por que da partida.decidiu dar fim ao romance que escrevia. resolveu ir plantar horatliças.
e ainda pelo telefone a mãe não perdoou a menina: lolita sempre apronta dessas.



:
a escolha



não sabiam mais quanto tempo estavam ali.esperavam apenas.
o ocio, a pouca comida e a desesperança consumiam os dois valentes cavaleiros.se serviram de cachaça, brindaram em silêncio.beberam tudo de um gole só.depois disso, o silêncio e a espera.
num rompante de desespero um dos homens levantou e decidiu ir embora.com um grito seco de vitória, escolheu voltar ao lar, com casa, comida e flores no jardim.
desistiu de esperar godot.









:
despedidas

e depois que tudo acabou, a poeira baixou, Chen Te encostou no balcão, pediu uma dose de batida de mel. tomou de um gole só,como se fosse um remédio, fazendo cara feia.permaneceu parada por alguns instantes pensativa.comprou um maço de marlboro, sentou na calçada e chorou.Sun Tzu de dentro do 355,acenou com um lenço do outro lado da pça Tiradentes.






:

crime e castigo



e ai o jovem dinamarquês, ainda desconcertado corre ao quarto da mãe no desepero de não saber o que fazer. tem sangue nas mãos. os olhos estão vermelhos e assustados. ele corre até a ponta da sacada e enfim para.estático.parado como se estivesse enfeitiçado.acendeu um cigarro, ouviu barulho da sirene se aproximando.passou as mãos no rosto,esfregou, transformando o sangue numa espécie de pintura de guerra.a polícia chegou,o cigarro acabou.
ele foi preso, consternado.






;

5.9.09

um pouco de fé não há de te fazer mal
a crença no que a gente não tem certeza, a interrogação máxima da existência,goela abaixo.
e sem resposta.

mas o que há de se fazer com isso tudo
é a interrogação que faz girar o
mundo.

perguntas sem respostas e uma incerteza total.a ainda assim,
definitivamente,
acreditar que sim,não vai fazer mal



:

eu?

Minha foto
to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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[alter]ego marginal

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