divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

27.9.08

dos malefícios de lembrar

[quarto de hotel. interior.dia]

- eu vejo de outro jeito
- sempre
- que bom né?
- as vezes
- chato
- chato?
- ja te falei que seus olhos são lindos?
- já
- eu sei,quis repetir
- de que jeito você vê?
- eu tenho facilidade de esquecer.isso é bom.
- tu acha?
- posso te esquecer daqui a cinco minutos
- eu não
- a tua memória te trai,ta vendo?isso é ruim
- eu vejo de outro jeito
- sempre
- chata
- de que jeito você vê?

corta.


[buteco.exterior.noite]

- lembra de mim?
- eu sei que a gente se conhece, só não lembro de onde
- então prazer de novo
- prazer
- a gente se conheceu no bailinho
- é verdade
- você tava de vestido preto.tava linda
- nossa.boa memória hein.eu não lembro como você tava vestido
- você não tem boa memória
- é né? sei lá
- isso não é ruim, é?
- vou pensar sobre isso.seus olhos são lindos
- suas amigas tão te chamando
- a gente ja ta indo.eu falei que seus olhos são lindos
- eu ouvi.fiquei tímido
- ficou ?
- vou pegar mais uma. saidêra
- tá. só mais uma então
- você também
- o que?
- tem os olhos lindos


corta.



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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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