divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

31.5.08

crônicazinha e pequeno prólogo que desvenda o final


ele não vai cair. vai conseguir vencer a ladeira com sucesso. vento na cara e descobertas


correndo pro play o menino na sua tenra idade inocente. pedalando numa bicicleta vermelha, caloi cruiser.
acelerava pelo meio da rua e a voz da mãe tal qual um freio:
- não vai pra ladeira hein. não vai pra lá!
na cabeça de criança aquilo, claro, funcionou de modo contrário. lá foi ele pedalar até a grande ladeira no fim da rua. quase um L, a ladeira.
e como era instigante subir a pé carregando a bicicleta até o cume e de lá sentir uma sensação que mais tarde ia se descobrir refém.
lá do alto,subiu na bicileta.últimos ajustes. apertou o freio de trás pra ver se tava tudo direitinho e pronto,era hora de se jogar ladeira abaixo. um segundo antes de descer, pensou na mãe falando que não. forçou o pedal e lá foi ele. vento na cara e descida. adrenalina do descer e do não pode. pensava que só não podia cair, imagina o esporro que ia tomar da mãe. mil maravilhas, a ladeira acabando e ...
tudo correu bem. ele tinha um sorriso estampado no rosto, ja pensava que uma segunda descida seria muito legal.
até cruzar com uma menina que encantou o pequeno menino serelepe. não conseguiu tirar os olhos da bela e nova moradora do condomínio.ainda olhando pra trás, perdeu atenção ao pedalar.outra nova sensação.a impressão de que o tempo mudou. e tudo novo nesse novo mundo que se desenhava. ele hipnotizado!não conseguia entender bem que sentimento era aquele,só sabia que por alguma força estranha, não conseguia desgrudar os olhos da menina.mal sabia que essa nova sensação ia permear sua vida pra sempre.caiu,olhando a menina.bateu num latão de lixo parado em frente a portaria do prédio. quem tava na janela fumando um cigarro,adivinha?a mãe olhou severa e apagou o cigarro:
- sobe agora! eu falei pra você não ir pra ladeira.

e lá foi ele, com o cotovelo todo arranhado, um pouco de medo da mãe e duas novas sensações, que mais tarde descobriria, iguais.ladeira a baixo!

.Se joga!

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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