divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

1.8.08

confia em mim

[um]
desde que eles mudaram pra realengo a vida não sorria aos dois. nove e quarenta de uma quarta feira.acabou a novela e vai começar o jogo do botafogo. ele pega uma cerveja, senta-se na cadeira cheia de buracos.espuma escapando por todos os orifícios.ele pede pra ela fazer alguma coisa pra comer. ela sai da cozinha, aponta o revólver pra ele e dispara na cabeça. tiro seco.som abafado por um travesseiro. ela foi a cozinha, pegou uma vela e rezou. pegou duas sacolas de supermercado com umas roupas e partiu rumo ao desconhecido

[dois]
- o senhor é da polícia?
ele, barba por fazer, abrindo a camisa.cordão de ouro e são jorge.balançou a cabeça negativamente.ela se iluminou. ele fechou a porta. ela olhou pra ele:
- cem reais, moço.


[três]
- eu menti pra você, eu sou da polícia,mas pode ficar tranquila. confia em mim!
não vai te acontecer nada. gostei de você.gostei mesmo! - ele fechando a camisa e beijando o santinho pendurado no cordão.ela ruborizou:
- eu vou com você.


[quatro]
ele chegou em casa cansado. queria dormir. ela perguntou alguma coisa.ele não respondeu nada,foi tomar banho. ela pegou o revólver e foi ao banheiro. um tiro. som estridente.vidro estilhaçado.algum sangue.ela ja caiu morta. ele sempre tomava banho com a pistola no box de blindex e nunca confiou em ninguém


..

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eu?

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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