divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

15.3.08

como as reticências

(...)
há nessas coisas uma coisa que se diz inexplicável
que toma rumos diferentes.
há naquelas palavras uma coisa maior do que quatro ou cinco linhas,
o meio.
aí entra a coisa que se diz indecifrável a olho nu
que nos coloca frente a frente com os maiores penhascos a ponto de pular
nus.
a capa do super homem não me coube
essas asas que me deram pra ser anjo não são pra mim.
essa doçura que me empurram garganta abaixo não me desce.


há nessas coisas um tom de lirismo e pitada de loucura que, na minha pequena sanidade , vai virando uma pintura abstrata que se move de acordo com a passagem das repetições diárias.

telescópio de brinquedo aos olhos menos azuis.
um doce pra quem desvendar
as interrogações juvenis.
um doce pra costureira sentada a máquina singer, cabelos brancos, óculos na ponta do nariz, prazer estampado no rosto,

naquele tecido enrugado, curtido pelo tempo e pelos dias.
[ela tá fazendo a bainha da capa de super homem.
ainda insisto em voar]


um doce.
com sorrisos ou com suspiros
paçoca e doce de abóbora
o penhasco em eco repete meu nome.

há nessas coisas uma coisa que se diz interminável,
como as reticências.

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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