sertão de sol aos quarenta e dois graus
dois meses sem chuva
garganta seca
marrom-poeira é a cor de que estou falando
sede e suor pingando pelo queixo
até o chão de quebra-cabeças.
uma gota dagua.outras.
mais algumas. e mais.
chuva
Graças a Deus
(sempre Deus e por que?)*
agua caindo e a cor agora:azul.
aumentando o volume no dez
muita água.
muita chuva.
cinza agora no céu.
*Por que meu Deus(e por que meu Deus?) oito ou oitenta? ou muito ou pouco.
todas juntas ou nenhuma
sol escaldante ou chuva torrencial
por que meu Deus(e por que Deus?), tudo na vida acontece sem que a nossa ansiedade seja sabedora de tudo?
993!
divagações concretas concretudes abstratas
e um copo vazio está
cheio de ar
cheio de ar
26.3.08
22.3.08
quis andar pela Rio Branco com um cartaz: quero me apaixonar
ele queria se apaixonar.
pensou em colocar um anúncio no jornal
quis anunciar no rádio
quis dizer ao mundo que estava aberto e pronto
pro namoro e paixões.
vontade de frio na barriga e arrepio.
ansiedade e mãos frias.
ele queria voltar a dormir junto,
acordar sorrindo.
quis dizer pra todo mundo no Arpoador
quis andar pela Rio Branco com um cartaz: quero me apaixonar
eis o dilema.
querer não é poder.
(?)
desistiu quando o telefone tocou uma música conhecida.
pensou em colocar um anúncio no jornal
quis anunciar no rádio
quis dizer ao mundo que estava aberto e pronto
pro namoro e paixões.
vontade de frio na barriga e arrepio.
ansiedade e mãos frias.
ele queria voltar a dormir junto,
acordar sorrindo.
quis dizer pra todo mundo no Arpoador
quis andar pela Rio Branco com um cartaz: quero me apaixonar
eis o dilema.
querer não é poder.
(?)
desistiu quando o telefone tocou uma música conhecida.
21.3.08
20.3.08
direito de resposta
E agora poeta?
o que faço eu com todas essas palavras lindas que me escreveste?
Choro sobre elas?
Tento beija-las?
Rasgo? Jogo-as no lixo?
Por que palavras pra ti são mais fáceis que as chuvas no verão. Palavras pra ti são como as folhas que caem secas nos outonos.
Mas as palavras não satisfazem todos os sentidos. Só palavras não alimentam. Não posso eu me contentar com textos bonitos e atitudes covardes.
Eu sei poeta, que há nelas uma magia, há nas palavras que me escreves uma vida, e me faz tremer de medo da realidade furtiva.
Sim, poeta, as palavras fazem o coração inflar de contentamento e doçura. Mas é pouco. Só as palavras não sustentam
Amor exige atos que falem muito mais do que palavras. Amor exige vida, toque, arrepio, frio na barriga. Exige contato!
Não poeta. Não podes se esconder atrás das tuas frases mais ou menos bem formuladas.
Não poeta, não pode tu, achar que o mundo vai parar para que tu possa escrever as tuas linhas de amores.
Poeta, não penses tu que pode fazer o que quer. suas eternas e platônicas musas.
Amor platônico poeta, não mais.
Não ache você que toda mulher é uma música para ouvir ou um boa historia pra se contar.
Não pode, poeta. Não tens o direito de achar que a vida de uma mulher cabe em seus poemas. Não cabe!
A vida de uma mulher não cabe dentro de uma folha de papel.
O amor não cabe, de maneira alguma, numa caneta tinteiro e um bocado de idéias românticas.
O amor, poeta, não é esse escrito por ti.
O amor é real. É vivo. Se ele fica limitado a essa folha de papel,
Tem outro nome.
Poesia se preferires. E só isso!
Desculpe-me poeta,
Não é amor.
só estórias
Estórias que só satisfazem o teu ego burro.
Estórias que tu crias pra se defender da vida.
Estórias não podem ser mais interessantes que a vida.
Suas estórias são pra ouvir. Não são pra sentir.
Meu conselho para ti, poeta?
Viva.
Teus escritos não imitam a vida nem o amor.
São boas e românticas estórias da sua cabeça, poeta.
o que faço eu com todas essas palavras lindas que me escreveste?
Choro sobre elas?
Tento beija-las?
Rasgo? Jogo-as no lixo?
Por que palavras pra ti são mais fáceis que as chuvas no verão. Palavras pra ti são como as folhas que caem secas nos outonos.
Mas as palavras não satisfazem todos os sentidos. Só palavras não alimentam. Não posso eu me contentar com textos bonitos e atitudes covardes.
Eu sei poeta, que há nelas uma magia, há nas palavras que me escreves uma vida, e me faz tremer de medo da realidade furtiva.
Sim, poeta, as palavras fazem o coração inflar de contentamento e doçura. Mas é pouco. Só as palavras não sustentam
Amor exige atos que falem muito mais do que palavras. Amor exige vida, toque, arrepio, frio na barriga. Exige contato!
Não poeta. Não podes se esconder atrás das tuas frases mais ou menos bem formuladas.
Não poeta, não pode tu, achar que o mundo vai parar para que tu possa escrever as tuas linhas de amores.
Poeta, não penses tu que pode fazer o que quer. suas eternas e platônicas musas.
Amor platônico poeta, não mais.
Não ache você que toda mulher é uma música para ouvir ou um boa historia pra se contar.
Não pode, poeta. Não tens o direito de achar que a vida de uma mulher cabe em seus poemas. Não cabe!
A vida de uma mulher não cabe dentro de uma folha de papel.
O amor não cabe, de maneira alguma, numa caneta tinteiro e um bocado de idéias românticas.
O amor, poeta, não é esse escrito por ti.
O amor é real. É vivo. Se ele fica limitado a essa folha de papel,
Tem outro nome.
Poesia se preferires. E só isso!
Desculpe-me poeta,
Não é amor.
só estórias
Estórias que só satisfazem o teu ego burro.
Estórias que tu crias pra se defender da vida.
Estórias não podem ser mais interessantes que a vida.
Suas estórias são pra ouvir. Não são pra sentir.
Meu conselho para ti, poeta?
Viva.
Teus escritos não imitam a vida nem o amor.
São boas e românticas estórias da sua cabeça, poeta.
19.3.08
o silêncio que não tem nome
/
Aquele silêncio.
Aquele que não tem nome.Tudo já foi dito.
Sorrisos e choros.
Perguntas respondidas.
A hora é a.
Agora,
O veredito.
Esse é o silêncio.
Contradição burra gritando.
Nesse intervalo de tempo
Entre Vai tomar no Cu e
Eu te amo.
Esse silêncio.
Aquele silêncio.
Aquele que não tem nome.Tudo já foi dito.
Sorrisos e choros.
Perguntas respondidas.
A hora é a.
Agora,
O veredito.
Esse é o silêncio.
Contradição burra gritando.
Nesse intervalo de tempo
Entre Vai tomar no Cu e
Eu te amo.
Esse silêncio.
18.3.08
eu vou chamar o síndico
só no brasil:
a puta goza
o gigolô sente ciumes e
0 pobre é de direita
.tim maia
a puta goza
o gigolô sente ciumes e
0 pobre é de direita
.tim maia
os olhos marejados
ainda brilham
por ti
insistem sempre em acordar
dia após dia entre
[bom dia] e dissabores
clamam um raio de sol.
pela manhã
empregnados ainda de lembranças
e água salgada.
a noite há de fechar
os olhos castanhos
transformando-os.
azul escuro e estrelas.
lágrimas e [boa noite]
madrugada fria
carros e luzes
cores e partidas
flores e silêncio
os olhos, aqui,
ainda marejados.
brilhando insistentes
ainda brilham
por ti
insistem sempre em acordar
dia após dia entre
[bom dia] e dissabores
clamam um raio de sol.
pela manhã
empregnados ainda de lembranças
e água salgada.
a noite há de fechar
os olhos castanhos
transformando-os.
azul escuro e estrelas.
lágrimas e [boa noite]
madrugada fria
carros e luzes
cores e partidas
flores e silêncio
os olhos, aqui,
ainda marejados.
brilhando insistentes
15.3.08
como as reticências
(...)
há nessas coisas uma coisa que se diz inexplicável
que toma rumos diferentes.
há naquelas palavras uma coisa maior do que quatro ou cinco linhas,
o meio.
aí entra a coisa que se diz indecifrável a olho nu
que nos coloca frente a frente com os maiores penhascos a ponto de pular
nus.
a capa do super homem não me coube
essas asas que me deram pra ser anjo não são pra mim.
essa doçura que me empurram garganta abaixo não me desce.
há nessas coisas um tom de lirismo e pitada de loucura que, na minha pequena sanidade , vai virando uma pintura abstrata que se move de acordo com a passagem das repetições diárias.
telescópio de brinquedo aos olhos menos azuis.
um doce pra quem desvendar
as interrogações juvenis.
um doce pra costureira sentada a máquina singer, cabelos brancos, óculos na ponta do nariz, prazer estampado no rosto,
naquele tecido enrugado, curtido pelo tempo e pelos dias.
[ela tá fazendo a bainha da capa de super homem.
ainda insisto em voar]
um doce.
com sorrisos ou com suspiros
paçoca e doce de abóbora
o penhasco em eco repete meu nome.
há nessas coisas uma coisa que se diz interminável,
como as reticências.
há nessas coisas uma coisa que se diz inexplicável
que toma rumos diferentes.
há naquelas palavras uma coisa maior do que quatro ou cinco linhas,
o meio.
aí entra a coisa que se diz indecifrável a olho nu
que nos coloca frente a frente com os maiores penhascos a ponto de pular
nus.
a capa do super homem não me coube
essas asas que me deram pra ser anjo não são pra mim.
essa doçura que me empurram garganta abaixo não me desce.
há nessas coisas um tom de lirismo e pitada de loucura que, na minha pequena sanidade , vai virando uma pintura abstrata que se move de acordo com a passagem das repetições diárias.
telescópio de brinquedo aos olhos menos azuis.
um doce pra quem desvendar
as interrogações juvenis.
um doce pra costureira sentada a máquina singer, cabelos brancos, óculos na ponta do nariz, prazer estampado no rosto,
naquele tecido enrugado, curtido pelo tempo e pelos dias.
[ela tá fazendo a bainha da capa de super homem.
ainda insisto em voar]
um doce.
com sorrisos ou com suspiros
paçoca e doce de abóbora
o penhasco em eco repete meu nome.
há nessas coisas uma coisa que se diz interminável,
como as reticências.
14.3.08
10.3.08
cozinha ideal
- então vou querer esse mesmo. Hot, salmão e atum. Espera, não sei se é esse mesmo, tô na dúvida.
- É pra quantas pessoas? - a moça do outro lado da linha.
parênteses.
não sabia o que responder.
pensei nela, as tantas vezes que a gente comeu no japonês.
nas muitas(todas) vezes que o shoyo manchou a minha camisa.
lembrei o dia "cinema, japonês e
dormir junto depois"...
revi o filme do Estação Botafogo daquele dia
- senhor, é pra quantas pessoas?
- uma só.
desliguei e disquei novamente. Agora outro número.
- Um Bobs Burgão, por favor.
(fecha parênteses!)
9.3.08
voz e violão
"Só quero raspadinha, meu bem
se você quiser eu raspo também
(...)
isso é coisa de cigana,
você tá parecendo Claudia Ohana
tira a palha da cabana
e deixa o sol entrar"
só quero raspadinha. zéu britto
"amar é um deserto e seus temores"
oceano.djavan
"(...)errado vira certo, se acha esperto
só fortalece quem tem mais
o tempo é o remédio
e o proceder se mostra no dia-a-dia.
a caôzada, a simpatia
já ta virando epidemia"
o simpático.mr catra
se você quiser eu raspo também
(...)
isso é coisa de cigana,
você tá parecendo Claudia Ohana
tira a palha da cabana
e deixa o sol entrar"
só quero raspadinha. zéu britto
"amar é um deserto e seus temores"
oceano.djavan
"(...)errado vira certo, se acha esperto
só fortalece quem tem mais
o tempo é o remédio
e o proceder se mostra no dia-a-dia.
a caôzada, a simpatia
já ta virando epidemia"
o simpático.mr catra
7.3.08
fragmento da peça Laranja Amarela
Fusão para repetição rápida da Cena 2 , a cena de término. Logo depois fusão para Cena 1, a cena do inicio. Logo depois a luz acende como na Cena 2 mas agora o banco está vazio. Da outra extremidade do palco.
Ela – É melhor a gente acabar com isso. Não tem mais por que a gente ficar assim.
Ele – É, eu sei.
Ela – Vai ser melhor pra nós dois.
Ele – Eu sei.
Ela- Tô indo embora.
Ele – Eu te amo. Ainda.
Ela – Eu também te amo.
Ele – Eu sei.
Musica cresce. Aos poucos a luz vai acendendo e os atores saindo um pra cada lado. Luz vai saindo em resistência até o
B.O.
Ela – É melhor a gente acabar com isso. Não tem mais por que a gente ficar assim.
Ele – É, eu sei.
Ela – Vai ser melhor pra nós dois.
Ele – Eu sei.
Ela- Tô indo embora.
Ele – Eu te amo. Ainda.
Ela – Eu também te amo.
Ele – Eu sei.
Musica cresce. Aos poucos a luz vai acendendo e os atores saindo um pra cada lado. Luz vai saindo em resistência até o
B.O.
quantos cafezinhos são consumidos durante uma noite
quantos cafezinhos são consumidos durante uma noite
[?]
quantas balas de hortelã
[?]
quantos Trident[s] melancia
[?]
quantos nãos
[?]
quantos beijos que nada significam
[?]
quantos olhares e tentativas
[?]
quantas olhadas no celular
esperando o toque diferente
esperando quem realmente importa
[!]
quanta esperança produzida numa noite.
quantas vezes só
quantas vezes só por opção, o que não é ruim
quantas vezes apenas deitar-se na cadeira do computador
entre uma dor de cabeça e uma fratura qualquer
quantas vezes noites intermináveis e cafezinhos
quantas vezes de volta a primeira pergunta
/
[?]
quantas balas de hortelã
[?]
quantos Trident[s] melancia
[?]
quantos nãos
[?]
quantos beijos que nada significam
[?]
quantos olhares e tentativas
[?]
quantas olhadas no celular
esperando o toque diferente
esperando quem realmente importa
[!]
quanta esperança produzida numa noite.
quantas vezes só
quantas vezes só por opção, o que não é ruim
quantas vezes apenas deitar-se na cadeira do computador
entre uma dor de cabeça e uma fratura qualquer
quantas vezes noites intermináveis e cafezinhos
quantas vezes de volta a primeira pergunta
/
[...]
no fim das contas penso que a única coisa que justifica construir uma parede
é derrubá-la algum dia.
derrubar paredes é o meu ofício.
São paredes estúpidas e mesquinhas, feitas com o pior de nós mesmos: ódio, impotência, temor, avareza e tantas outras coisas que minam nossa consciência e nos amarguram[...]
efraim medina reyes
no fim das contas penso que a única coisa que justifica construir uma parede
é derrubá-la algum dia.
derrubar paredes é o meu ofício.
São paredes estúpidas e mesquinhas, feitas com o pior de nós mesmos: ódio, impotência, temor, avareza e tantas outras coisas que minam nossa consciência e nos amarguram[...]
efraim medina reyes
4.3.08
Ao som de Sex Pistols
I
Desligou o telefone, ficou por algum tempo em silencio. No rádio tocava alguma musica chata. Pegou no porta luvas um cd do Sex Pistols. Faixa três. Som alto. Pegou o telefone e ligou de novo.
Falava com a mãe sobre umas contas que tinha de pagar ainda naquele dia.
- Dá pra senhora pagar pra mim mãe, por que hoje é o ultimo dia e eu não vou conseguir chegar a tempo de pagar. Ta bom? Ta bem mãe. To no carro, depois eu falo com a senhora. Beijo. Ah mãe. Te amo viu.
Desligou o telefone e continuou acelerando o carro. Cinco minutos metodicamente marcados no relógio e novo telefonema.
- Alô, sou eu, então. Tudo bem com você? Eu tava querendo saber de você. Fiquei sabendo que fraturou o braço, ta tudo bem? Então já deve estar tudo bem né? Olha, eu sei que você não quer falar nessas coisas, mas eu queria dizer que você é muito especial. Só isso. Muito especial. Não vou mais falar nisso. To dirigindo, tenho de desligar. Beijo.
II
A mãe andou pela casa procurando as contas que tinha a pagar. Pegou as duas na gaveta do criado mudo. Quando pegou as contas viu algumas fotos do filho com a ex namorada. Algumas fotos rasgadas, outras riscadas de caneta e uma ou outra ainda intacta. Colocou uma vestido florido e tomou o rumo do banco. No caminho, olhando com mais atenção percebeu que as contas não venciam aquele dia. Ainda, três ou quatro dias pra pagar.
Sem saber por que, sentiu uma coisa estranha. Um aperto no peito. Uma angústia que na hora pensou ser gases.
III
Ela entrou em casa, jogou a chave na mesinha de centro, foi até o banheiro, lavou o rosto, foi a cozinha, abriu a geladeira, pensou em comer alguma coisa, pegou uma maçã. Na sala foi ligar a televisão, foi ao telefone e viu duas mensagens na secretária eletrônica.
- Oi Laura, tudo bem amiga? Vamos fazer alguma coisa nesse fim de semana. Tô aqui em São Paulo. Cheguei hoje de manhã. Me liga amiga! Beijo
Riu irônica, foi até o banheiro.
- Alô, sou eu, então. Tudo bem com você? Eu tava querendo saber de você. Fiquei sabendo que fraturou o braço, ta tudo bem? Então já deve estar tudo bem né? Olha, eu sei que você não quer falar nessas coisas, mas eu queria dizer que você é muito especial. Só isso. Muito especial. Não vou mais falar nisso. To dirigindo, tenho de desligar. Beijo.
IV
Ele parou o carro no acostamento e chorou. Queria pensar em alguma coisa, queria desistir de tudo, mas num ímpeto, ligou o carro. Avançou na contra mão e acelerou. A pista era de altíssima velocidade. Um caminhão baú quase bateu, mas conseguiu desviar, alguns carros passaram buzinando e piscando farol, mas ele só pensava em acelerar o carro ao som do Sex Pistols.
V
Ela saiu do banheiro, e colocou de novo a mensagem na secretária. Riu e balançou a cabeça negativamente. Foi até a cozinha, preparou uma salada bonita e colorida. Na televisão o plantão anunciava um carro em alta velocidade andando na contra mão na Via Dutra, chocou-se com uma carreta.
- Vejam as imagens fortes. O Golf verde, andou por quatro quilômetros na contra mão. Veja que ele consegue desviar de alguns carros antes de bater de frente com a carreta. O motorista da carreta não sofreu nada. O motorista do Golf morreu na hora. Pedro Laef de trinta e quatro anos, era escritor e não deixou filhos.
Deixou o prato cair no chão. Correu ao telefone e de novo colocou a mensagem pra ouvir.
- Alô, sou eu, então. Tudo bem com você? Eu tava querendo saber de você. Fiquei sabendo que fraturou o braço, ta tudo bem? Então já deve estar tudo bem né? Olha, eu sei que você não quer falar nessas coisas, mas eu queria dizer que você é muito especial. Só isso. Muito especial. Não vou mais falar nisso. To dirigindo, tenho de desligar. Beijo.
Ela chorou lágrimas de certeza.
3.3.08
tal qual o frango da padaria
no momento atual pensando muito.
cá com meus botões.
sofá.
descoberta a outra face.
Quando o cachorro latir e achar que pode ser um sinal, pare e pense: É um sinal.
um dia. Dois.
depois do outro. Três.
não contente-se com as migalhas que a vida não dá. Preserve as que a vida dá.
mão beijada.
parta inconseqüente e contínuo. Amadurecido e anárquico.
irresponsabilidade infantil, que se desprende da tua falsa idade.
tenra.
Tal qual o frango da padaria.
Os cães ao redor salivam de fome. Os olhos brilham. Espetáculo incessante.
Um latido sufocado.
Outro latido.
Mais latidos.
O mais sujo não late. A matilha cansada vai embora recheada de frustração.
Um ainda insiste em latir.
Quando o cachorro latir e achar que pode ser um sinal, pare e pense: É um sinal.
Comprei o frango da padaria, levei pra casa, o cão me seguiu.
Dividi com ele o frango.
Ele dividiu comigo o maior sonho de todos. O maior desejo da vida de cão que ele tem.
Eu segui comendo o frango. E realizando o sonho da vida dele.
O cão agora late lá fora.
É um sinal.
A felicidade estampada nos olhos do cão me dá a sensação de que fiz alguma coisa certa.
Daqui do sofá ainda posso vê-lo. Abanando o rabo lá fora.
Inconsequentemente.
cá com meus botões.
sofá.
descoberta a outra face.
Quando o cachorro latir e achar que pode ser um sinal, pare e pense: É um sinal.
um dia. Dois.
depois do outro. Três.
não contente-se com as migalhas que a vida não dá. Preserve as que a vida dá.
mão beijada.
parta inconseqüente e contínuo. Amadurecido e anárquico.
irresponsabilidade infantil, que se desprende da tua falsa idade.
tenra.
Tal qual o frango da padaria.
Os cães ao redor salivam de fome. Os olhos brilham. Espetáculo incessante.
Um latido sufocado.
Outro latido.
Mais latidos.
O mais sujo não late. A matilha cansada vai embora recheada de frustração.
Um ainda insiste em latir.
Quando o cachorro latir e achar que pode ser um sinal, pare e pense: É um sinal.
Comprei o frango da padaria, levei pra casa, o cão me seguiu.
Dividi com ele o frango.
Ele dividiu comigo o maior sonho de todos. O maior desejo da vida de cão que ele tem.
Eu segui comendo o frango. E realizando o sonho da vida dele.
O cão agora late lá fora.
É um sinal.
A felicidade estampada nos olhos do cão me dá a sensação de que fiz alguma coisa certa.
Daqui do sofá ainda posso vê-lo. Abanando o rabo lá fora.
Inconsequentemente.
aquela menina. Aquela!
/
lembre-se de um cheiro muito agradável
aquele perfume dela. no pescoço
a primeira vez que você sentiu o cheiro da mulher que você ama
lembre-se daquele beijo mais cabelo bagunçado que você deu no carnaval
lembre da sensação de estar muito alegre e cerveja
entra uma música, uma marchinha
vou beijar-te agora
não me leve a mal
pára a música.
lembre-se dos dias mais ensolarados
ali em frente ao Jota K.
lembre-se da sua cara quando viu aquela menina passar . Aquela!
aquela menina
lembre-se da ansiedade antes de puxar um assunto
lembre-se daquele sorriso, o mais cativante
lembre-se que ela falou sim
Assinar:
Postagens (Atom)
eu?
- tatá.
- to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"
leia me
outras divagações
-
▼
08
(391)
-
▼
março
(19)
- sertão de sol aos quarenta e dois grausdois meses ...
- quis andar pela Rio Branco com um cartaz: quero me...
- um Pessoa
- direito de resposta
- o silêncio que não tem nome
- eu vou chamar o síndico
- os olhos marejadosainda brilham por ti insistem se...
- como as reticências
- Todo beijo na boca é tomado de paixãoo que varia é...
- cozinha ideal
- voz e violão
- fragmento da peça Laranja Amarela
- deu no youtube
- quantos cafezinhos são consumidos durante uma noite
- [...]no fim das contas penso que a única coisa que...
- 212.quero dançar com outro par pra variar, amor.(p...
- Ao som de Sex Pistols
- tal qual o frango da padaria
- aquela menina. Aquela!
-
▼
março
(19)