no elevador demoradíssimo com uma adolescente
silêncio, aquele.
- calor né ?
- é.
o elevador pára e outra adolescente entra. são amigas. elas começam a falar incansavelmente. de um tudo. do diego que não vem hoje. da rafaela e do pedro que estão juntos, parece. da roupa da amiga que ta la em cima. enfim...falavam. falavam coisas de adolescente.
ah, esqueci de um detalhe importante: é reveillon. to subindo pra uma festa exatamente as
23: 22
abre de novo a porta do elevador e outra adolescente. são amigas.
falam pelos cotovelos. a última que entrou parece estar levemente bêbada - o que na cabeça de uma adolescente num elevador com três amigas e um cara meio antipático - quer dizer: muuuito bêbada.
a menina se jogava em cima da porta do elevador, se jogava em cima de mim que ja sem a menor paciencia começava a respirar fundo, torcendo pra chegar logo. eu ia pra cobertura no décimo oitava andar. puta que pariu.
la pelo decimo, o elevador parou. ri pensando: não é possivel. não to acreditando.tinha de ser comigo.
as adolescentes começaram a rir. dois minutos depois apertaram o alarme. cinco minutos depois começaram a pedir ajuda. mais dois minutos e as meninas estava histéricas gritando a plenos pulmões. um minuto depois e a adolescente semi bebada começou a querer desmaiar. se jogava em cima de mim e dizia: to passando mal, to passando mal. e uma gritaria louca, as três adolescentes gritando, fazendo uma balburdia infernal dentro daquele elevador pequeno e quente. eu ja estava num grau de puteza que nem te conto. conto sim:
ja com a paciencia na sola do pé, sacudindo a menina pelos braços: - Não, você não está passando mal, você está querendo aparecer pra mim e pras suas amigas. malucas que nem você. pára com esse pití. pára com essa porra. e pára agora.parou com esse showzinho de adolescente babaca. parou agora!
silêncio no elevador. quando olhei, estavam as três adolescentes me olhando atônitas.
Um sujeito aparece na janelinha do elevador, olha as três meninas e começa a debochar, começa a rir das três que permaneciam em silêncio absoluto.
as vezes a minha paciencia, ou a falta dela, falam por mim:
- meu irmão, abre esse elevador. dá pra tu chamar o porteiro,por favor irmão. - falei em tom meio grosseiro, porém educado como podem ver.
dois minutos em que não se ouvia o barulho de um respirar no elevador. o porteiro vem, abre a porta e todos saem. eu fico. de fora do elevador as meninas me olhando espantadas, como se olhassem pro próprio vilão daquele filme de anéis.
tchau. feliz ano novo meninas! - falei com um tom de deboche, com um risinho irônico.
o elevador fechou e subiu. enfim respirei. confesso que até ri comigo mesmo. cheguei ao meu destino. o dono da casa me abriu a porta com uma taça de champanhe na mão.
- por favor, eu preciso de uma cerveja!
divagações concretas concretudes abstratas
e um copo vazio está
cheio de ar
cheio de ar
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eu?
- tatá.
- to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"
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