e quanto ao theatro
esse quero agora
quero muito
correndo
suando
intenso,
esse processo,preciso viver de novo,o theatro.
e dá licença,mó tesão ser,
antes de todos
os outros eus,
os diretores, os que escrevem,os que pensam, os que fazem festa,os que sonham...
orgulho ver que todos eles nascem do berro descompassado,
antes de tudo,
do sonho de um ator.
do ator nasce o desejo e a arte.
:
divagações concretas concretudes abstratas
e um copo vazio está
cheio de ar
cheio de ar
30.1.10
28.1.10
25.1.10
19.1.10
teste de elenco
intervenção urbana in texto de srta lispector
dois atores,um do lado do outro
luz amarela bem forte banhando todo o palco.
música de filme francês.
silêncio
um ator:e você sabia que a mosca voa tão depressa que se voasse em linha reta ela ia passar pelo mundo todo em 28 dias?
outro ator:isso é mentira.
um ator:não é não,juro pela minha alma pura que aprendi isso na radio relógio.
outro ator:pois não acredito.
um ator:quero cair morta nesse instante se estou mentindo.
outro ator:escuta aqui.você ta se fingindo de idiota ou é idiota mesmo?
um ator:não sei bem o que sou,me acho um pouco...de que...quer dizer não sei bem quem sou.
outro ator:você sabe que se chama macabéa,pelo menos isso?
um ator:é verdade.mas não sei o que esta dentro do meu nome.só sei que eu nunca fui importante.
pausa
um ator:sabe,na minha rua tem um galo que canta.
o outro:por que é que você mente tanto?
um:juro, quero ver minha mãe cair morta se não é verdade.
outro:mas sua mãe já não morreu?
um ator:ah, é mesmo...que coisa.
beó.
:
intervenção urbana in texto de srta lispector
dois atores,um do lado do outro
luz amarela bem forte banhando todo o palco.
música de filme francês.
silêncio
um ator:e você sabia que a mosca voa tão depressa que se voasse em linha reta ela ia passar pelo mundo todo em 28 dias?
outro ator:isso é mentira.
um ator:não é não,juro pela minha alma pura que aprendi isso na radio relógio.
outro ator:pois não acredito.
um ator:quero cair morta nesse instante se estou mentindo.
outro ator:escuta aqui.você ta se fingindo de idiota ou é idiota mesmo?
um ator:não sei bem o que sou,me acho um pouco...de que...quer dizer não sei bem quem sou.
outro ator:você sabe que se chama macabéa,pelo menos isso?
um ator:é verdade.mas não sei o que esta dentro do meu nome.só sei que eu nunca fui importante.
pausa
um ator:sabe,na minha rua tem um galo que canta.
o outro:por que é que você mente tanto?
um:juro, quero ver minha mãe cair morta se não é verdade.
outro:mas sua mãe já não morreu?
um ator:ah, é mesmo...que coisa.
beó.
:
11.1.10
adauto tinha caído de um desfiladeiro de mais de trinta metros. perdido no meio da mata.
ficou desacordado por mais de vinte horas.
quando acordou,conseguiu ligar pro um nove tres dos bombeiros.
foi guiando a equipe de terra e de ar pelo celular.
quando ouviu o seu nome gritado pelo meio da mata teve certeza que enfim,foi achado
e que o pesadelo acabaria.
foi resgatado pelo helicopetero da policia militar.
no hospital, foi constatado que ele tinha inumeras fraturas pelo corpo
e uma suspeita de traumatismo craniano.
até no jornal da globo passou:
a plantonista do hospital: a situação é muito grave, eu posso dizer.
a esposa do adauto, senhora idosa, magra,com sinal do tempo exposto no rosto:
foi bom.ja imaginou se o celular não pegasse?foi sorte.
corta
risinho irônico do âncora.
:
ficou desacordado por mais de vinte horas.
quando acordou,conseguiu ligar pro um nove tres dos bombeiros.
foi guiando a equipe de terra e de ar pelo celular.
quando ouviu o seu nome gritado pelo meio da mata teve certeza que enfim,foi achado
e que o pesadelo acabaria.
foi resgatado pelo helicopetero da policia militar.
no hospital, foi constatado que ele tinha inumeras fraturas pelo corpo
e uma suspeita de traumatismo craniano.
até no jornal da globo passou:
a plantonista do hospital: a situação é muito grave, eu posso dizer.
a esposa do adauto, senhora idosa, magra,com sinal do tempo exposto no rosto:
foi bom.ja imaginou se o celular não pegasse?foi sorte.
corta
risinho irônico do âncora.
:
8.1.10
o anti herói do bairro peixoto,simpático.
as armas são o contrário.
a capa é calar,ouvir mais.
só consegue voar alto com o tanque abastecido
de ironia
anda por copacabana,sonha com o bairro peixoto,
almoça por lá as vezes.
não é o cara fortão com dente branquinho,gel no cabelinho desenhando um ésse na testa(tsc!)e
tem justamente isso como sua melhor qualidade.
sabe elogiar também,simpático ,
as vezes
:
foi o mar que me trouxe, ela.
o vento soprou forte
e deixou no meu colo,como um embrulho de papel pardo, um sorriso.
nos meus olhos deixou,desavisadamente, um brilho intenso.e eu
que ja não sabia mais,agradeço
ao mar.
ao vento.
por ela
e numa outra lufada forte de ar,
por ele também,com os olhos umidos,agradeço,
o início
:
o vento soprou forte
e deixou no meu colo,como um embrulho de papel pardo, um sorriso.
nos meus olhos deixou,desavisadamente, um brilho intenso.e eu
que ja não sabia mais,agradeço
ao mar.
ao vento.
por ela
e numa outra lufada forte de ar,
por ele também,com os olhos umidos,agradeço,
o início
:
6.1.10
copacabana respira um pó espesso e fedorento.
o cheiro de sexo se mistura com maresia e o cheiro do lixo acentuado com o calor.
os ratos estão na rua, saindo dos bueiros, das sombras, dos lugares mais improváveis.
turistas e putas.a policia e os acharques.meninos com cola nos olhos e caco de vidro no bolso. todos esperam a oportunidade de ouro. todos esperam o momento certo do bote.
faz calor e o mundo quer ver as luzes da princesinha do mar.
e os ratos sabem disso,
saem dos esgotos babando de fome e angústia na alma.
perto de algum carro pra estacionar.perto de algum puteiro da prado júnior.perto de algum poste sem luz no calçadão.perto.bem perto!
e quando menos se espera, tal qual a naja no deserto, o bote certeiro e preciso.
o rato volta pro bueiro com asa nos pés e uma asia seca que lhe queima as tripas.
corre sem olhar pra trás,quer ir pra casa,
há tempos não comia queijo brie.
:
verão,noite quente de lua.
escrever sem motivo
era um exercício, um constante elixir pras rachaduras da alma.pras imperfeições que edgard,moço tímido,
varria pra baixo do tapete.
escrever era a salvação,era a absolvição sumária de algum deus.
por isso conseguia andar de bicicleta sem medo ,de dia.
e nas noites muito quentes,chupava um drops inteiro de bala de frutas.
são tão doces,as laranjas.
:
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escrever sem motivo
era um exercício, um constante elixir pras rachaduras da alma.pras imperfeições que edgard,moço tímido,
varria pra baixo do tapete.
escrever era a salvação,era a absolvição sumária de algum deus.
por isso conseguia andar de bicicleta sem medo ,de dia.
e nas noites muito quentes,chupava um drops inteiro de bala de frutas.
são tão doces,as laranjas.
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4.1.10
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eu?
- tatá.
- to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"
leia me
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