divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

4.6.09

A LADRA DE ISQUEIROS

I.apresentação


seu crime era sua maior paixão.colecionava isqueiros.de todas as cores.todos os tamanhos.todas as marcas.muitas nacionalidades.era uma paixão incondicional por isqueiros.mas essa paixão tinha algumas peculiaridades. o isqueiro nunca poderia ser comprado.teria de ser sempre roubado.e aí, o confessavel crime.e pra isso criou inumeras tecnicas de furto de isqueiros.as sextas, ia pra lapa, num samba que tinha em frente ao sinuca-que agora tem até que pagar pra entrar. etrategicamente ela com os amigos universitarios ficavam sambandinho, fumando um cigaro e outro, embora não gostasse muito de cigarro, mas nao tinha outra maneira de conseguir trazer aos olhos do mundo o isqueiro. então fumava o carlton cinza, aquele mais fraquinho que é a mesma coisa que um suspiro de saudade.como o pessoal do sambinha universitario são meninos e meninas ricas do lebon que curtem ser ou parecer meninos e meninas pobres e intelectuais.e todo mundo fuma.e todo mundo tem insqueiro.então justificava a ida ao samba.
as sextas ela gostava de uma coisa mais calma tipo cinema ou teatro e certamente um chopinho depois.de preferencia em mesas grandes, com bastante gente com isqueiros a postos. outra grande fonte de isqueiros alheios as mesas de bar. aos sabados, não revelo. domingos cinema com amigos. na hora da pipoca puxa um cigarro estrategicamente.todos estão entrando pra ver o filme. um amigo dá o isqueiro. ela vai acender mas diz que não consegue acender.o rapaz corre falando que ja vai entrando.mais um isqueiro pra coleção








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Um comentário:

retirante disse...

e se eles aparecem assim facilmente e aos montes..


ela na quer

ela dont care

eu?

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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[alter]ego marginal

quantas?

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