divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

25.12.08

o poeta ja nasceu morto
prematuro,pequeno e de óculos
esguio,calado
quase invisível

criança que tem medo da rua
da janela pensa quantas bolas pegaria de primeira
golaço e sorrisos
da janela sonha
depois escreve

adolescência de imaturidade e descoberta
a cachaça e os amores.as mulheres
o sol e a noite.a ida e a vinda
e depois escreve

a vida com todas as incertezas
o ser humano com todas as pequenas coisas
fome de saber a profundidade do vazio
descobrir uma outra verdade.todas as outras
infelicidade de perceber um mundo paralelo antes deles
e tudo isso,escreve

e dizem que foi infeliz
morreu vivendo,sabendo disso,era astrólogo parece
morreu sorrindo.
morreu correndo.
morreu crescendo.
morreu nascendo
hiperbole assertiva de gênio eterno,

desasossego em pessoa
ainda assim,escreve



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eu?

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to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

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