as primeira vez
ou crônicas de verão sem gaveta
é sempre a primeira vez, o todo dia
é o primeiro porre,inesquecível
a primeira vez que o cara entra no fla flu lotado e entende a grandiosidade disso
a primeira vez os aplausos do teatro e a sinceridade
a surpresa na primeira gozada,susto até
a primeira vez,a sensação de morder o mundo e rir de olhos latentes
a primeira vez, a risada entorpecida
a primeira vez, ela na minha porta
irresponsavelmente
como a rotatividade da praia em domingos de dezembro,
...
ainda ou mesmo assim,
o primeiro encanto te rever aqui,
todo dia
todo dia
:
divagações concretas concretudes abstratas
e um copo vazio está
cheio de ar
cheio de ar
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eu?
- tatá.
- to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"
leia me
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2 comentários:
lindo!
Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Debaixo dágua se formando como um feto
sereno confortável amado completo
sem chão sem teto sem contato com o ar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Debaixo dágua por enquanto sem sorriso e sem pranto
sem lamento e sem saber o quanto
esse momento poderia durar
Mas tinha que respirar
Debaixo dágua ficaria para sempre ficaria contente
longe de toda gente para sempre
no fundo do mar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Debaixo dágua protegido salvo fora de perigo
aliviado sem perdão e sem pecado
sem fome sem frio sem medo sem vontade de voltar
Mas tinha que respirar
Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
(Arnaldo Antunes)
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