marionete
no meio da noite, ela se sentia manipulada.
dançando a música dos aplausos, sentindo os fios prendendo seus braços.
quis se soltar, quis correr, mas as amarras nos braços insistiam em faze-la
tal qual bailarina, dançar.
sentia-se cercada de todos aqueles clichês que todos sabiam repetir aos brados.
ela queria antes de qualquer coisa, dar um gole na cerveja que suava na mesa.
as milhões de vozes misturadas tiravam a concentração e embaralhava as milhares
de paciencias jogados no computador de madrugada.
a solidão e a abundancia.a solidão em abundancia.
era a vontade de fugir e o medo de não conseguir voar
que deixavam a menina estagnada.
suspensa, presa por fios.
bem distante das garrafas de cerveja.
:
divagações concretas concretudes abstratas
e um copo vazio está
cheio de ar
cheio de ar
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eu?
- tatá.
- to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"
leia me
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