divagações concretas concretudes abstratas

e um copo vazio está
cheio de ar

28.5.09

a entrevista que eu quase vi
(ou a entrevista que eu queria ver)

semi final de taça libertadores,o time chegando ao estadio.ao descer do onibus o reporter interpela o artilheiro do time que ja está a oito jogos sem marcar.
- e aí clebson,agora é a hora?
-o que?
- agora é a hora?
-o que?
-agora é a hora?
- cinco e meia.

pano rápido!


:

26.5.09

o amor é filme
a vida é bela
é dos carecas que elas gostam mais
a vida começa aos quarenta
mulher bonita não paga, mas também não leva
coca cola é isso aí
casa de ferreiro, espeto de pau
moça bunita,teu corpo cheira a botão de laranjeira
nem vem de garfo que hoje é dia de sopa
deu duro,tome um dreher,desce macio e reanima
um dia da caça, outro do caçador
posso resistir a tudo, menos as tentações
meu nome é bond,james bond
bem amigos da rede globo
quando eu estou aqui,vivendo esse momento lindo
bom dia vietinã
boa noite e boa sorte.
opte.
é possivel






:
o amor é filme
eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama









(fragmento da música o amor é filme.composição de lirinha)

:
o olhar dela,bambeia as pernas.
a indecisão dela, comove o não saber.
esse sorriso largo que ela tem,puxa o tapete e o chão.paixão
o beijo dela,da gente,não sei.
dificil,uma analogia pra essa coisa que não se dá nome,não
tem.
isso,o beijo dela.
analogia de uma coisa indizível e incontável.







:

22.5.09


bundão


depois de uns tempos de trabalho arduo, hoje quis andar de bicicleta. deu vontade de ir ao cinema.barata ribeiro na contra mão, numa sexta feira as quatro da tarde mais ou menos.um carro encostado na calçada me impediu de passar, resolvi fazer uma coisa que abomino, que realmente não gosto nem um pouco. trafegar pela calçada.copacabana movimentadissima, eu com minha bicicleta tamanho G, com freio contra pedal e adesivo do bailinho.uma senhora bem senhorinha,saindo do portão de casa, ficou indecisa por que lado dela eu passaria.ela titubiou, eu titubiei.eu com a bicicleta e ela a pé. desviei dela com algum sacrificio e ela se esquivou de mim com muuuuito sacrificio. passei por ela e tive de ouvir em alto em bom som pra toda copacabana ouvir: O BUNDÃO,VAI ANDAR PRA LÁ!
quis olhar pra tras,pedir desculpas, falar que não sou o bundão que sempre faz isso.mas não, segui meu caminho com cara de bundão.até agora fiquei me martelando querendo achar a boa velhinha em copa pra pedir desculpa.
resolvi escrever:desculpa.
ah, e não fui ao ao cinema. voltei pra casa e fiquei pensando no

bundão que eu fui, sou, vou ser o sei la o que.

tive meu pedaço babaca exposto, pra mim mesmo, explicitamente no meio de uma sexta feira na barata ribeiro.

por que todos temos nossos fragmentos.todos temos.temos.



:

19.5.09

e de repente a gente se olha as três da manhã,
som e gravações de cd no computador a lado, na cadeira ao lado. rodrigo entre cigarros, ipod, telefone, radio e musicas.
uma duvida me belisca: por que cortar todo esse papel?por que esse investimento de
grana,tempo,ideias,tesoura e fita crepe?por que?pra quem?quem é que lê?
as pessas vem pro baile pra dançar,pra se divertir, não vão gastar tempo prestando atenção em uma frase escrita num papel colado com fita crepe.
pois bem, eis o fato no ultimo baile paulista:
eu terminava de mijar e ouvi a seguinte cena.um cara relativamente bebado ao amigo lendo um papel colado no banheiro:
- com essa poesia aqui você come qualquer mulher.qualquer uma.lê isso aqui, vê se não é...
- deixa eu ver.(PAUSA)é verdade, come mesmo!

passei pelos dois, lavei as mãos e voltei com meu bloco-correio pro meio da pista.
era uma poesia minha.
saí do banheiro,sorriso pequeno,dever cumprido e perguntas respondidas.
porque a arte, querendo ou não, é isso:máximo esforço X minimo resultado.
e não vejo outro nome pra essa festa e é isso que a gente tenta fazer,
arte!
e o baile segue!




"...
e ai me entorpecer de você,
divagar sorrindo na névoa
desse ópio que é o teu beijo"


:
tenha fé
e tenha medo






:

11.5.09

concertos pra casal dentro do carro
achar um ritmo,uma pulsação,modular a voz.use o volante como percussão.


I
um blues pra ela dizer não

ela não quer
ela não quer
ela não quer(esticando bem o quer)
ela não quer.

harumaki de legumes, ela não quer
missoshiro bem quentinho, ela não quer
aquele broto de bambu,(pausa)nirá, ela não quer

shimeji,shitake,sunomono,ela não quer
sashimis: metade salmão metade atum,ela não quer
sashimi de camarão,ela não quer,
até hot philadelphia,porra!,ela não quer

ela não quer
ela não quer e me diz: i dont care.
ela não quer.




II
21:57

ela pegou a melhor vaga da minha rua
ela pegou a melhor vaga da minha rua
ela pegou -sem pudor- a melhor vaga da minha rua!

(pra cantar com voz acaubyzada)
nem me olhou
me passou
me fechou
me flechou

eu olhei
e entrei
me perdi no
olhar e

(volta a voz normal)
ela pegou a melhor vaga da minha rua
ela pegou a melhor vaga da minha rua
ela pegou -sem pudor- a melhor vaga da minha rua!
ela pegou,sem pudor,e que linda,a melhor vaga da minha rua.




:

4.5.09

por que os mesmos sonhos e não outros[interrogação]
a tradição só existe pra se esvair como sonrisal limão no copo dagua[ponto]
mutaveis todos.mutaveis nós[virgula]
mutáveis e incompreendidos[ponto]
esperando que a resposta vá nos cair no colo, tal qual nossos
parentes distantes esperaram[ponto]
pra ver depois,quando o tempo for realmente relevante, que poderia ter feito
tudo de outro jeito,com outra pegada, outro aproach[ponto]
e só lÁ na frente é que podemos usar óculos[interrogação]
me dá esses óculos agora[exclamação]tem uma coisa piscando na minha frente[ponto]
alguem disse que era um vagalume[ponto]
não[virgula]
é o outro mundo.use óculos[pausa]

:
diario da bordo.
não lembra se dia 223 ou 345

faltou luz. teve de acender uma vela









:

salve ele,
tom zé
:

eu?

Minha foto
to correndo.sempre pressa.meio atrasado.ligação perdida.olhar atento.desculpa o atraso.to indo embora.quer carona?aqui desse lado,aqui..assim mesmo.meu fluminense e meus desejos.um beijo do seu.eu aqui em qualquer lugar aqui, espaço pra vazão a idéias. ficção criando uma verdade pseudo pessoal. "eu quero uma verdade inventada"

leia me

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[alter]ego marginal

quantas?

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